terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Brasília sob tensão: sairão nomes de políticos

Quando escreve um livro, qualquer autor se preocupa em deixar detalhes para prender a atenção do leitor. Se a operação Lava Jato fosse uma obra, um desses momentos-chave estaria para ocorrer nos próximos dias. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve apresentar até a próxima sexta-feira, as denúncias contra os políticos suspeitos de fazerem parte do esquema que desviou entre 10 bilhões e 20 bilhões de reais da Petrobras.
Ao lado de um grupo de outros oito procuradores, Janot está se debruçando desde o início do ano sobre os últimos detalhes da investigação para apresentar sua acusação formal.
Sem detalhar quantos ocupantes de cargos públicos serão citados, o chefe do Ministério Público deverá solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) que todos os políticos tenham seus nomes divulgados, sob o argumento de que os processos precisam ser públicos e até mesmo para esclarecer quem teria relação com o petrolão, o nome usado na imprensa para o esquema, e quem teve o nome citado de maneira incorreta nos últimos meses.(Do El País - Afonso Benites)



24/02

2015

Procuradoria quer investigar presidente do DEM

Da Folha de S.Paulo
O Ministério Público Federal enviou ao Supremo Tribunal Federal um pedido de abertura de inquérito sobre o senador Agripino Maia (DEM-RN), acusado por um delator de esquema de pagamento de propinas a políticos do Rio Grande do Norte de ter recebido R$ 1 milhão para a campanha de 2010. O pedido está no gabinete da ministra Cármen Lúcia, que dará aval para o prosseguimento ou arquivará as investigações.
Presidente nacional do DEM, partido de oposição ao governo, Agripino foi coordenador-geral da campanha do senador Aécio Neves à Presidência no ano passado.
O caso foi revelado neste domingo (22) pelo Fantástico, da TV Globo. Na reportagem, o empresário George Olímpio diz que Agripino pediu o dinheiro durante um encontro no apartamento do político em Natal. À Folha, o senador disse que o relato é mentiroso e que o próprio empresário, em 2012, negou ter lhe dado qualquer quantia.
"Vejo que forças estão atuando numa tentativa de nivelar por baixo a classe política", disse Agripino. "Estão tentando colocar um fato que não existiu, e mesmo se tivesse existido, não envolveria dinheiro público, na mesma seara do Petrolão", conclui.

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