terça-feira, 31 de março de 2015


MANIFESTO DO PARTIDO

Texto propõe a PT 'sair da defensiva'

31.03.2015

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O ex-governador Tarso Genro (PT-RS) defendeu que João Vaccari seja afastado preventivamente
São Paulo. O manifesto do PT divulgado ontem, elaborado em encontro dos dirigentes estaduais com o presidente nacional da legenda, Rui Falcão, e com o ex-presidente Lula, propõe que o partido saia da "defensiva" e retome "iniciativa política" para enfrentar a "maré conservadora em marcha", que precisa ser mais "bem identificada" pelo partido. O documento ressalta que o PT deve "assumir responsabilidades e corrigir rumos".
Um mea-culpa que o documento traz é dizer que o partido se afastou da democracia participativa, cuja ausência, explica o documento, é causa direta dos "desvios que abalaram a confiança no PT". O manifesto diz que o partido precisa desmanchar a "teia burocrática que imobiliza as direções em todos os níveis e nos acomoda ao status quo".
Defende também que a legenda deixe de agir politicamente só no período eleitoral e volte a representar cotidianamente a política "das massas". O manifesto reconhece que movimentos sociais, da juventude e dos trabalhadores, afastaram-se do PT por causa desses erros e propõe correções.
Segundo o texto, essas mudanças, de "retomada partidária", têm de ser feitas pela via da política e não administrativa. Os erros assumidos restringem-se ao espectro político e não tangem a política econômica. Segundo o manifesto, o quinto congresso do PT, que acontecerá em junho, na Bahia, servirá para "sacudir" o partido e promover reencontro com suas origens nos anos 1980.
Ontem, o ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro (PT) defendeu que se o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, não pedir afastamento do cargo, o comando nacional do partido deve fazê-lo preventivamente. Na semana passada, a Justiça Federal aceitou denúncia e tornou tesoureiro réu sob acusação de corrupção pela Lava-Jato.

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