terça-feira, 24 de março de 2015

Microcrédito alavanca pequenos negócios

24.03.2015

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O empreendimento começou numa banquinha no meio da rua e hoje funciona numa loja com faturamento mensal de R$ 170 mil
FOTO: ANTONIO CARLOS ALVES
Canindé. Quem conhece hoje o comerciante Vilmar Braz Viana, 50, natural de Paramoti, proprietário de uma loja de confecção no centro comercial de Canindé, nem imagina como ele começou na atividade. Quando chegou a Canindé, há seis anos, carregava apenas o sonho de mudar de vida e muita coragem para trabalhar. Chegou desempregado. Depois, conseguiu um "bico" e passou a trabalhar ganhando como comissão do que vendia R$ 200,00 por mês, dinheiro insuficiente sequer para manter suas despesas pessoais.
Resolveu montar seu próprio negócio. Com R$ 1.500,00, dinheiro emprestado pela namorada, investiu em confecção. No começo, montou uma banca no meio da Rua Joaquim Magalhães, no portão do Mercado Velho da Cidade.
No início, o lucro era muito pequeno. "Cheguei até a pensar em desistir do negócio, porque a concorrência era muito grande e minha mercadoria era considerada de 'segunda' pelos clientes". Vilmar vivia dias de incertezas. O que ganhava não dava para o sustento, imagine para honrar compromissos.
Passados 13 anos, a história de Vilmar é contada de outra forma. Atualmente, possui uma loja estruturada, com material de alta linhagem. A mudança veio com a ajuda do programa Crediamigo, do Banco do Nordeste (BNB).
"Pedi R$ 3.500,00 emprestado. Pagava R$ 429,00 por mês. Atualmente, vendo de várias formas: a vista, por meio de duplicatas e, como não poderia deixar de ser, no velho sistema de anotações do caderno".
Seu faturamento atual é de R$ 170 mil por mês. O presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Canindé, Paulo Magalhães Filho, garante que, a exemplo de Vilmar, 90% ou mais dos associados da CDL estão inscritos no "Simples", onde podem ter um faturamento de R$ 3 milhões e 600 mil anuais. "Em termos de incentivo, a carga tributária passa a ser cobrada em um único imposto. Só que o ideal seria o governo dar subsídios para essa categoria. Geraria mais emprego e renda", disse.

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