quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Ministro Padilha anuncia R$ 500 mi

Padilha afirmou que secretarias com status de ministérios estão mais suscetíveis ao corte ( FOTO: AGÊNCIA BRASIL )
Brasília. O governo anunciou ontem a liberação de verbas para conter ameaças de novas rebeliões no Congresso Nacional. O ministro Eliseu Padilha (Aviação Civil), que hoje integra a articulação política do governo Dilma Rousseff (PT), foi à Câmara dos Deputados anunciar a liberação nos próximos dias de meio bilhão de reais para emendas que os congressistas fizeram ao Orçamento da União de 2015.
Devido às dificuldades econômicas, o Palácio do Planalto vinha represando esses pagamentos, o que causou grande desconforto entre os parlamentares.
"Isso é dinheiro na veia da economia", afirmou o ministro após reunião com integrantes da Comissão Mista de Orçamento do Congresso. As emendas representam, geralmente, pequenas obras e investimentos nos redutos eleitorais dos deputados e senadores.
Padilha disse ter superado uma "queda de braço" com a área econômica. "Já pagamos R$ 300 milhões, temos agora R$ 500 milhões e depois teremos mais", afirmou o ministro. Com o anúncio, a expectativa do governo é a de que a comissão vote a Lei de Diretrizes Orçamentárias, que deveria ter sido aprovada até o início de julho. A LDO fixa parâmetros para elaboração do Orçamento do ano seguinte.
Padilha acertou com os congressistas também a aprovação de projeto que permite ao governo pagar todas as emendas feitas por congressistas nos anos anteriores e que não saíram do papel, que são os chamados "restos a pagar". O valor total está em torno de R$ 3,8 bilhões. Outro ponto discutido na reunião foi o compromisso assumido pelo governo, que cedeu após ameaças de rebelião, de liberar verbas para emendas apresentadas pelos deputados que assumiram o mandato em fevereiro.
Cortes
Opresidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), elogiou ontem o anúncio do governo de que 10 dos 39 ministérios serão cortados até setembro. Para o peemedebista, que recentemente voltou a se aproximar do governo, a medida chegou com atraso, mas considera que é "uma boa iniciativa".
"Acho que é uma boa iniciativa da presidente (Dilma Rousseff), mas acho que isso poderia ter sido feito lá atrás. Eu, fundamentalmente, defendo corte de ministérios, corte de cargos em comissão e a reforma do Estado para garantir mais eficiência na máquina pública", disse.
Padilha afirmou ontem que as secretarias com status de ministérios são as mais indicadas para serem cortadas no enxugamento de pastas anunciado.
Na segunda-feira (24), o ministro Nelson Barbosa (Planejamento) anunciou a redução também do número de secretarias e cargos comissionados da União após a reunião de articulação política do governo.

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