terça-feira, 27 de outubro de 2015

Missa de Sétimo Dia reúne parentes e amigos

Familiares e amigos do jornalista Edilmar Norões compareceram à cerimônia, realizada na Igreja São Vicente de Paulo. Completando as homenagens, o músico Waldonys executou, com a sanfona, a canção Ave-Maria ( Foto: Kléber A. Gonçalves )
Reunidos na fé e na saudade por toda a trajetória vivida ao lado de Edilmar Norões, familiares e amigos compareceram, na noite de ontem, à Paróquia São Vicente de Paulo para a Missa de Sétimo Dia do comunicador.
Durante a celebração, a trajetória de Edilmar Norões foi relembrada, com ênfase ao amor pela família, a sempre boa recepção aos amigos e a dedicação e delicadeza com as quais traçou sua carreira de seis décadas no jornalismo cearense.
À frente da cerimônia, o pároco da Igreja São Vicente de Paulo, padre Raimundo Neto, recorreu às virtudes do jornalista para homenageá-lo. "Edilmar Norões foi um grande comunicador que agora está na palma da mão de Deus. Homem marcado pela simpatia e pela gentileza, que em sua residência ou escritório sempre nos recebia com grande sorriso. Ele foi marcado pelo trinômio fé, família e trabalho. Foi um exemplo de honestidade e um exemplo para o Brasil. Agora, com certeza, tornou-se um grande comunicador de Deus", ressaltou.
Completando as homenagens a Edilmar, o músico Waldonys executou, com a sanfona, a canção Ave-Maria. Durante a semana, diversos outros nomes do jornalismo, da política e da sociedade comentaram a importância do trabalho do comunicador para os cearenses. O jornalista e filho de Edilmar, Paulo César Norões, comentou o carinho recebido pela família ao longo dos últimos dias. "Recebemos tudo com uma satisfação e uma emoção muito grandes. Essas homenagens são uma comprovação de tudo aquilo que a gente já sentia que ele representava. Pudemos constatar de forma mais emocionada o apoio das pessoas. Para nós, é motivo de orgulho, ver que o nosso pai era tão querido por todos, assim como era por nós", comentou.
Um dos muitos nomes presentes na celebração dedicada à vida de Edilmar Norões, o ex-governador do Ceará, Cid Gomes, também expressou sua opinião a respeito do jornalista. "O Edilmar, para mim, era muito além do profissional. Eu tive o privilégio de conversar com ele, ouvir suas opiniões. Edilmar era uma unanimidade. Não deve existir ninguém que não tenha por ele carinho, respeito e admiração. Essa é uma unanimidade e uma unanimidade inteligente", diz.
Rádio e comunicação
Falecido no último dia 20 de outubro, aos 80 anos, o jornalista e advogado José Edilmar Norões Coelho dedicou 60 anos de sua vida ao jornalismo, 50 a serviço do Sistema Verdes Mares, no qual foi diretor de programação. Além da esposa, Lucila Maria Studart Coelho, ele deixa seis filhos, oito netos e dois bisnetos.
Edilmar Norões nasceu em 11 de agosto de 1935, em Barbalha, no Cariri, tendo começado a carreira como radialista na Rádio Araripe, do Crato. Em janeiro de 1957, ingressou na Rádio Verdes Mares, persistindo até o fim da vida no veículo pelo qual era mais apaixonado, com a coluna Observador Político. Ocupava o cargo de diretor de programação do Sistema Verdes Mares.
O jornalista presidiu, por vários mandatos, a Associação Cearense de Rádio e Televisão (Acert) e também foi membro da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo.
Ao longo da vida, foi agraciado com várias honrarias, como as comendas Defensor Público, do Benfeitor da Criança da Cidade (outorgada pela Prefeitura de Fortaleza), Amigo do Corpo de Bombeiros, do 23º BC e da Polícia Rodoviária Federal. Em seus 50 anos de jornalismo, chegou a receber, no Palácio Maçônico, a Comenda Dragão do Mar.

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