terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Governo só cortou 10% dos cargos que seriam extintos

Mudanças foram anunciadas em outubro em pacote para enxugar gastos públicos
Anunciada emoutubro deste anopor Dilma Rousseff (PT), reforma administrativa que planejava corte de cargos, ministérios e salários mal saiu do papel. A informação é de reportagem do jornal O Globo, que aponta corte efetivo de apenas cerca de 10% dos 3 mil cargos que seriam extintos pela petista.

O pacote de ajuste foi anunciado logo após anúncio de déficit de R$ 30,5 bilhões previsto para o Orçamento de 2016. Até agora, no entanto, apenas 346 cargos, oito ministérios e sete secretarias foram efetivamente cortados. Promessa de cortar salários de Dilma, do vice Michel Temer (PMDB) e dos ministros – que passariam de R$ 30,9 mil para R$ 27,8 mil – também não saiu do papel.
Em resposta ao O Globo, o governo destaca que decreto com o corte de salários foi enviado ao Congresso logo após o anúncio das medidas, mas ainda aguarda análise dos parlamentares. Já os demais cortes teriam sido paralisados por conta da abertura de processo de impeachment da presidente, que intensificou negociação de cargos com aliados.

Reforma administrativa


Segundo a reportagem, apenas 346 dos 3 mil cargos foram efetivamente extintos. Nas recentes mudanças promovidas em seu Ministério, Dilma ampliou espaço do PMDB, que ficou com as pastas de Saúde e Ciência e Tecnologia. A maior parte dos cortes acabou ocorrendo no Planejamento – ministério marcado pelo caráter técnico –, que concentrou 216 cortes.

Até agora, o governo só conseguiu economizar R$ 16,1 milhões dos R$ 200 milhões previstos com as mudanças. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), criticou as mudanças. “O governo é incapaz de gerir, incompetente em gestão, e ao mesmo tempo busca resolver algumas vantagens políticas através da distribuição de benesses, cargos”, diz.

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