domingo, 17 de setembro de 2017

Operação da PF combate fraude milionária na Caixa

Image-0-Artigo-2297646-1
Uma operação que visa combater uma fraude milionária na Caixa Econômica Federal (CEF) no Ceará, batizada de 'Marco Zero', foi deflagrada pela Polícia Federal (PF), nessa sexta-feira (15). Os policiais federais cumpriram seis mandados de busca e apreensão, expedidos pela 18ª Vara da Justiça Federal, instalada em Sobral.
De acordo com nota emitida pela PF, "a operação tem por objetivo identificar e pormenorizar a conduta de integrantes de uma organização criminosa voltada à prática de fraudes contra a Caixa Econômica Federal (empréstimos fraudulentos)". O esquema criminoso causou um prejuízo superior ao montante de R$ 3 milhões aos cofres da Instituição federal.
A organização criminosa é formada por empregados públicos da Caixa Econômica, empresários, contadores e pessoas físicas que figuram como sócios "laranjas" de empresas de fachadas criadas para a obtenção de empréstimos fraudulentos ou destinatárias dos mesmos.
Segundo a PF, as medidas judiciais cumpridas tinham o objetivo de colher mais indícios sobre a participação dos suspeitos, bem como identificar e recuperar o dano causado ao erário.
A primeira diligência da 'Marco Zero' não tinha a meta de efetuar prisões. Entretanto, na sequência da Operação, os investigados podem responder, na medida de suas participações, pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica, uso de documento falso, peculato, corrupção ativa e passiva, crime financeiro, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Conforme a Polícia Federal, o nome Operação 'Marco Zero' faz uma referência ao Município de Marco (a 224 km de distância de Fortaleza), onde os empréstimos fraudulentos foram concedidos à organização criminosa. As investigações da PF apontam que a organização criminosa, primeiramente, aliciava pessoas para integrarem o quadro societário das empresas de fachada e elaboravam documentos falsos para instruir os pedidos de empréstimos na Caixa.
Dados falsos
Depois, os servidores envolvidos manipulavam o processo de concessão, ignorando normas básicas de segurança e a verificação da documentação necessária, inclusive inserindo dados falsos nos sistemas corporativos da Caixa. Quando os empréstimos eram aprovados pela CEF, o dinheiro era sacado em espécie ou transferido para terceiros (pessoas físicas e jurídicas). Em algumas vezes, o valor era destinado a maquiar a dívida da empresa, viabilizando a obtenção de novos empréstimos em quantias ainda mais elevadas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário