sábado, 21 de abril de 2018

Embargo da UE deve baixar preço de frango no Ceará

Outro problema enfrentado pelos produtores locais é o preço
do milho e da soja que são dado aos frangos. O primeiro
subiu 42%, já o segundo 19% em um mês
Embora as restrições da União Europeia (UE) a empresas exportadoras de carne de frango brasileiras não tragam impactos diretos à indústria de avicultura do Ceará, que produzem somente para o mercado interno, indiretamente, o setor local deve sofrer, principalmente, com a queda do preço da carne no mercado nacional. Com o embargo, grande parte dos produtos que seriam enviados à UE deverão ser comercializado no Brasil, pressionando a oferta.

Segundo André Siqueira, presidente do Sindicato das Indústrias da Alimentação e Rações Balanceadas do Estado do Ceará (Sindialimentos), no momento, as empresas descredenciadas pela UE para exportação de frango estão dando férias coletivas, mas, em breve, a produção dessas unidades deverão ser retomadas, impactando todo o setor. "Depois desse período de um mês de férias coletivas, a oferta do produto abatido no mercado interno deve aumentar muito", diz Siqueira.

O presidente do Sindialimentos diz ainda que com a redução dos preços, o setor local pode acabar tendo de vender o produto com preços abaixo do custo. "O nosso Estado tem uma atividade avícola muito significativa, é um expoente na produção de frango mas, mesmo sem nenhuma unidade de processamento de frango envolvida nessas restrições, deve ser impactado pelo embargo. É normal que, ao longo do ano, o preço de venda sofra grandes oscilações, ficando, muitas vezes, abaixo do custo de produção. E agora, com o excesso de oferta das empresas do centro sul do Brasil, esse período pode se prolongar", diz.      Fonte: Diário do Nordeste

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